Postais da India - Católicos
Vou passar cinco dias a Lisboa. e para vos entreter nesta época pascal deixo-vos com mais algumas imagens da Índia. Para variar da Pascoela e do Domingo de Ramos. Afinal não esperei pelo Verão para acabar de vos impigir a viagem.
A crucificação serve de fundo de um relógio no nosso quarto de hotel. Estou fascinado a ver os ponteiros rodopiar nas partes do Cristo.

Vasco da Gama não foi o primeiro nem o último a trazer o evangelho e a espada ao Sul da Índia. Aparentemente o Apóstolo S. Tomás também deu uma voltinha pela costa Malabar. A Igreja Católica tão presente como as outras religiões tem na versão indiana o mesmo gosto pela cor, pelo excesso e pelos santos iluminados a néon.

Em lugares onde os portugueses tiveram passagens meteóricas (Bassaim, Coxim) um perfume português, a indolência nacional e as casas caídas de branco, as festas católicas, os padroeiros são o traço de união. Pode não ter sido um império imorredoiro, mais foi sem dúvida coerente.



Apesar da enorme curiosidade que os ocidentais provocam, estão, estamos, segundo o ordenamento de castas, ao nível dos intocáveis. Os níveis de leitura são inúmeros. Quem acreditou que o laicismo iria prevalecer, enganou-se. O idealista do Marx preconizava o fim das religiões. O palerma do Fukyama defendia o fim da história em 1989 e a hegemonia dos valores ocidentais e o individualismo que se sobreporiam às religiões e ao colectivismo. Não deve ter saído. do perímetro do seu quintal, das suas certezas e da sua estrutura mental. Infelizmente não está só nas suas arrogantes certezas. O mundo é mais rico e complexo do que nos querem fazer crer. A globalização ainda tem muito que andar.
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