TIREM-ME DESTE FILME

de todo mal que se disse só pecou quando foi brando

3.4.07

Postais da India - Hindus

A Sul, onde praticamente não houve domínio muçulmano, os ritos dravidianos prestam-se também a momentos impressionantes. A revelação do corpo em sofrimento, o êxtase e o transe são idênticos. Desta vez sem mortificação nem melopeias.



Na festa da Shivaratri indianos, após três dias de jejum trespassam o rosto com setas cujas pontas levam frutos para as tornarem mais pesadas. Cravam guizos e cunhas de metal na pele. Carregam altares puxados por ganchos presos à epiderme. Músicos mantêm-nos em transe.










São quadros vivos de S. Sebastião.

No final desmaiam quando são libertos do suplício ou ficam durante momentos num estranho torpor até regressarem à realidade. Não há sangue. Um pó branco asséptico é aplicado em grandes quantidades. Dez minutos depois estão de pé. Orgulhosos. Alguns ao telemóvel contam o feito aos amigos.






Tudo isto se passa num lugar perdido da Índia? Não. Assistimos à Shivaratri em Trivandrum, capital do Kerala, um dos estados mais prósperos, num dos bairros mais ricos da cidade entre vivendas e a dois passos do Ténis Clube da cidade.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial