Imagens do Senegal 6
Finalmente temos o Expresso local. Tem o nome mais prosaico e onomatopaico Rac Tac. Um pouco de informação, um pouco de ricos e famosos, análise e comentário e muitas mensagens veladas a passar por cima da cabeça do publicuzinho. São as páginas de recados na estrastofera da alta política. Temos assim actualidade e temas de sociedade já a um outro nível nível.
"Uma muçulmana Miss Inglaterra" ,
" O calvário das mulheres solteiras de 30 anos" ,
" Nokia abre um escritório em Dakar" ,
"Awa Marie Coll-Seck candidata à OMS"
E a pequena distracção final em tom intimista "Como falar do preservativo?". Não encontrei o equivalente do suplemento sobre o golf e sobre as fabulosas festas no Algarve durante o Verão. É uma falha do Rac Tac a suprir com urgência. Mas não deixa de ser um jornal classe A, triplo A e aspirantes, sem esquecer a classe D- (o pessoal que anda ao papel e ao cartão antes da passagens do carro do lixo).
Uma nota final para para lembrar que, tal como o Expresso, o Rac Tac para mostrar que não é completamente establishment tem sempre uma pequena ferroada à igreja católica. No caso do Senegal não é grande coisa, uma vez que o país é maioritariamente muçulmano. Todavia não é especificada a natureza do incómodo dos homens de Deus confrontados com roupinhas sexys.
Vou passar dois dias ao Porto. Posso-vos garantir que vou encher a cara de comida boa e lavar a vista.
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