A democracia precisa do PSD.
Precisa? Mesmo? E, já que aqui estamos, o PSD precisa da democracia? Vendo os últimos líderes do partido a dúvida assalta-nos (à mão armada no caso de Santana e de esticão no caso de Menezes). A democracia talvez não, mas os telejornais e cronistas precisam do PSD, sem o qual estariam a falar de cães atropelados e condutas rotas. Há limites para os directos da Carla Trafaria e para o nihilismo do Vasco Pulido Valente.
Cada movimentação no PSD é uma festa, sejam umas directas, um sobressalto nas concelhias, uma comoção nas distritais, um congresso catártico, uma festarola no Pontal ou um sebastianismo qualquer. O Audiomax garante, cada crise no PSD tem um efeito devastador nas audiências das telenovelas.
Eu não perco uma. A actual é ainda mais suculenta que as anteriores. Tem uma enorme complexidade narrativa, personagens principais e secundárias, tramas entrelaçadas que prendem o espectador até ao desenlace. Estando os socialistas com as duas nádegas bem assentes no centrão, resta ao PSD dar-nos ficção. E da boa! Tem um pouco de "Sopranos", um nada de "Sete palmos abaixo de terra" e ao nível do confronto de ideias e combate ideológico muito de "Teletubbies" Ora vejam - link. Comprem um cajuzito salgado e sentem-se no sofá com os amigos. Que chovam picaretas que a gente não se rala. Não há pão, mas há circo!
Ferreira Leite ainda jovem cheia de ideias a brotarem-lhe inopinadamente do toucado para a redenção do PSD
Santana Lopes no seu primeiro e precoce momento sexual quando prometeu lá em casa: Agora vou foder isto tudo.
Etiquetas: que fizeram do meu país?
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