Planta para pessoas de bom gosto
Bons tempos em que o jeito de barrar o pãozinho era um traço distintivo de classe. Tempos em que o bom gosto se articulava com a enciclopédia na sala, atacadores rosa no peitilho e três embalagens de laca depois do cabelo devidamente ripado.
Esta é uma homenagem sincera às mães dos anos sessenta que ainda acreditavam que os filhos se iriam distinguir no barrar da carcaça.
Esta é talvez a única coisa que me aproxima de Paulo Portas. Temos o mesmo cuidado ao barrar a face superior da fatia fina com Planta. A geração seguinte já teve que lidar com o bolicau, as bombocas e os donutes. Marcando, assim, uma ruptura com um certo bom gosto e abrindo caminho para uma crise generalizada de valores da qual ainda não recuperámos inteiramente.
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