TIREM-ME DESTE FILME

de todo mal que se disse só pecou quando foi brando

14.11.08

A crise explicada às crianças ( turcas)


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1.10.08

Cobiça

Em vez de ver o filme Titanic como metáfora do estado actual do sistema bancário especulativo que tal voltar ao início do cinema e rever Greed de Erich von Stroheim? Está lá tudo condensado na cena final no Death Valley e francamente com mais elegância que os telejornais. link

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8.7.08

en route

Popeline informa que esteve em Londres. Passou ao largo da Gay Parade. Não prendeu Vale de Azevedo. Não sentiu o bafo quente da rainha.
Para a semana Açores e Rovaniemi para um encontro com o Pai Natal. Estou a delirar? Infelizmente não. Não me falem mais em zonas ultraperiféricas que eu não respondo por mim.
Quando regressar deste delírio estarei de férias em Portugal na Caparica a chupar cornetos e a queimar o coiro. Será o verdadeiro anti-eládio-climax!

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PDI

Cheguei a uma estado da vida em que as pessoas me levam a sério. Continuo a dizer as mesmas asneiras e inanidades de sempre, só que agora há quem escute. É a enganosa aparência da credibilidade. Deverá ser a única vantagem da PDI (a puta da idade).

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29.6.08

Zona Livre de Futebol 5 -Isso é bestial!

Na televisão na idade da inocência as series tinham animais tão espertos , tão espertos, mesmo inteligentes!, que pareciam gente. Quem não sonhou fazer uma festinha ao Flipper, à Lassie , ao Rintintin, ou ao Skippy, the bush kangoroooo? Passados os anos temos reality show, pessoas que dançam e cantam porque foram amestradas à pressa habilidades ou pessoas fechadas em espaços fechados no intuito de se comportem como animais. E funciona!

Contaram-me que no Holmes e outros ginásios do país há salas sem janelas com luzes e música de discoteca onde cidadãos como tu e eu se esfalfam em bicicletas de ginásio e tapetes de corrida antes de irem para o trabalho, às oito da manhã! Conheço ratos de laboratório com vidas mais felizes.

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26.6.08

o mau da fita

Segundo Hitchcok, um filme tem sucesso quando tem um mau bom ou um bom mau, isto é, um mau cheio de maldade, velhacaria, intriga, conspiração e traição. Quando mais surpreendente, quanto mais fascinante for o mau-da-fita melhor. Nos anos setenta apareceu o Dallas e o muito mau JR. Sempre achei uma estopada, mas a serie movia multidões. Agora temos os muitos maus: as petrolíferas a mover multidões e bidões e o mais bera que mau Bush a soldo destes. Que venha outro presidente americano (um negro de cabeleira loira, um preto de carapinha ou qualquer outro com Restaurador Olex) para nos tirar deste filme.
Mais tarde tivemos Falcon Crest. A quinta existia em estúdio. Tal foi a pressão dos fãs que fizeram um réplica, enorme atracção na época. O exemplo derradeiro da realidade que imita a ficção. Lembram-se ainda de Lorenzo Lamas - el rey de las camas? E quando já estava tudo farto de comer o pastelão americano apareceu ainda Dinasty com Joan Collins na pré-história da recauchutagem.

Na frente nacional, Sócrates quis ser o mau-da-fita. O Audiomax ainda mede a intensidade das vaias sempre que sai à rua, mas mera operação de rotina. Os de esquerda vaiam porque o homem não é de esquerda. Os de direita vaiam porque o homem lhes roubou a cartilha. Mas desde que cedeu aos camionistas e se ensaiou no pasteloso diálogo à la Guterres, o homem está perdido. A fita, apesar de caseira era boa, tinha tensão tinha dinâmica. Mas até às eleições Sócrates, tal como o herói de Kafka, vai transformar-se, não em insecto, mas num clone da Floribela.
Este post está com uma epidemia de links mas não resisti.

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4.6.08

Frei Hermano na Câmara

No meu último dia em Lisboa vi no programa de Malato o comeback de Frei Hermano da Câmara a fazer um hipnotizante playback. Acabadinho de sair de Cingeverga (Cingeverga!?). Saiu agora à rua depois de vinte anos de clausura. Desta vez a culpa não foi do Fritzl. Tragam alho, cruzes e uma estacas! Garanto que o mal anda por aí à solta numa túnica negra de mangas évasées.
Para os mais masoquistas, as imagens cruas do evento - link

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22.4.08

vidas intensas

Hoje passei o dia numa reunião a ouvir falar sobre febre catarral. A minha vida poderá não dar um filme, mas dá muita expectoração

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Primárias

Primárias nos EUA. Porque apelam a sentimentos primários? Porque utilizam argumentos primários? Porque se destinam a um eleitorado primário?

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13.4.08

Maddie. Um ano já !

Na Guatemala , um país com a dimensão de Portugal, há um trafico organizado de rapto de crianças com o envolvimento das autoridades. Estas crianças de zonas rurais servem para alimentar o mercado de adopção norte-americano (e possivelmente europeu). Quanto estive na Ciudad de Guatemala o hotel ao pé do meu regurgitava de casais americanos e "passadores" de crianças. Recentemente uma mãe, com o apoio de uma associação conseguiu provar através de teste de DNA que o seu filho está com uma família nos EUA . A justiça dos dois países arrasta os pés para devolver o filho à mãe. Muitas das crianças roubadas aos pais são levadas para centros de acolhimento antes de serem "encaminhadas" para os novos pais. Chamam-lhes " Casas de Engorda".

Sabiam? Eu também não, até passar pela Guatemala. Mas, com que nos entretêm os média? Com a passagem do casal McCann em Bruxelas rodeado de porta-vozes, especialistas de comunicação e advogados. Estiveram em todas. Chama-se a isto filtro jornalístico e relevância noticiosa.

Chichicastenango - Guatemala

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9.4.08

Cerco mediático


A 26 de Abril de 1974 o professor de francês da velha guarda entregou as provas feitas na semana anterior. Num rígido ritual, cada aluno era chamado ao estrado e recebia o teste e a nota. Um colega mais saliente viu a nota e fez uma careta. O professor certamente perturbado pelo reality show do dia anterior perdeu a compostura e despachou um estalo ao saliente. Fascista! Gritou o aluno. Em seguida, primeiro em surdina e depois num barulho ensurdecedor de carteiras e pateada, lançámos o primeiro movimento de contestação pós-25 de Abril. “Fascista! Fascista! Fascista!”. Nesse momento foi anunciada a morte da autoridade baseada na repressão. O professor implodiu. Até ao final do ano lectivo passou pelas aulas e corredores com menos substância que o fantasma da Notre-Dame. Reformou-se pouco depois.

Sempre houve e haverá professores mongas e professores psico-rígidos. Sempre houve e haverá alunos reguilas e terminators. Mas tal como na economia estamos perante um problema de escala. No passado a dimensão era a turma e as quatro paredes da sala. Hoje a escala é nacional ou global. A relação é a mesma. Testar os limites da autoridade, uma luta de poder num espaço fechado que pode ser um jogo de estratégia como um confronto permanente.

A burrada é o tempo de antena que se dedica a estas coisas. A burrada é chamar a polícia, advogados e juízes para a colação. É uma burrada com muito coice para o ar e uma grande zurrada histérica.

O defunto (e não saudoso programa) da SIC “Cenas de um Casamento” começou com casamentos modestos. Rapidamente entrou numa espiral de efeitos especiais: banda, cascatas de flores, pajens, damas de honor, largada de pombos, balões, foguetes mísseis anti-aéreos. Quanto mais espectáculo, melhor! Um casamento da parvoíce com a telegenia.

O presente programa de televisão “Cenas de uma aula” começou ao empurrão e à sarrafada. Em breve partiremos para o tabefe e a canelada, seguido da facada e do estrangulamento e finalmente com linchagens e autos de fé. Infelizmente ainda não se podem mandar os redactores dos telejornais para Guantamano por incitamento ao terrorismo. Qual é o adolescente que vai perder a oportunidade de ser anti-herói? Em grande escala. À grande. À maneira.

Os três canais generalistas deixaram de apresentar notícias. São espectáculos de circo. Vamos ver a trapezista do Chen, do Cardinalli ou do Mariano? O programa da SIC era apresentado por um ex-palhaço falhado. Actualmente os pivots dos telejornais são os palhaços ricos que vem apresentar os vários e arriscados números. Quando (amanhã ou depois) passar o centésimo vídeo onde uma professora está prestes a receber um pêro, um banano ou outra peça de fruta da época, Rodrigues dos Santos com a sua voz de desastre eminente dirá: “Cuidado Nildita! A pista está escorregadia”

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7.3.08

runaway to the white house


we will be back soo with another cartoon -link

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15.1.08

Greve dos guionistas EUA

Se a greve dos guionistas, cenaristas e dialoguistas continua quem vai redigir os discursos espontâneos e sinceros dos candidatos à presidência norte-americana? Quem vai escrever os próximos episódios das "mulheres e homens desesperados"?

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8.1.08

Paquistão I

Apesar de muçulmana, Benazir passou o Natal na terra.

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6.1.08

Lisboa Dakar III

Tirem me deste filme revela em primeira mão. O Dakar foi cancelado com receio que Dulce Pontes, tal como na cerimónia da assinatura do Tratado de Lisboa, voltasse a atacar os presentes aos gritos com bigoudis roxos agarrados a cabeça.

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29.12.07

when the shit hits the fan

Curiosa esta mania dos norte-americanos fazerem as malas e deixarem os seus anteriores amigos e aliados à brocha. Foi o que fizeram no Vietname com os resultados que se conhecem. Foi no Afeganistão ao apoiarem os talibans com muitas armas e dinheiro nos ano oitenta contra os russos, criando assim uma guerra santa contra o comunismo. Logo que acabou a guerra fria, sacudiram a água do capote. Deixaram umas armazitas e umas dezenas de milhares de fanáticos com excelente treino militar. Ao mesmo tempo apoiaram o Paquistão. Deram-lhe os meios para se equiparem com armamento nuclear (quando os indianos ainda namoravam o movimento dos não-alinhados que na América sempre cheirou a comunismo disfarçado) e agora parece que aquilo não está a correr bem. O Musharraf ja está a fazer contas de cabeça.
Lealdade e amizade parecem ser bens de consumo rápido e descartável para os geoestrategas norte-americanos. O resultado não é poluição no sentido classico do termo, mas sim amigos traídos, fanáticos vingativos e desesperados e muitos, muitos inimigos. Não é poluição mas aquece à brava o planeta. Al Quaida é um subproduto dessa inépcia. Pena é que os mídia não nos lembrem mais vezes dessa relação causa efeito. Agora lembraram-se que o Paquistão é uma potência nuclear, mas ninguém se lembra porquê. Bom Ano se 2008 chegar ao fim.

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14.12.07

tirem-me deste multitasking

O novo conceito empresarial na berra é o Multitasking, que é como quem diz fazer cada vez mais coisas ao mesmo tempo e cada vez mais depressa (e já agora, se não é pedir muito , fazer bem) Poupa-se imenso em recursos humanos e quando os fusíveis do quadro promissor estoiram arranja-se outro multitasker cheio de dinamismo e em condições de trabalho multirasca. O importante, já se sabe, é atingir as metas e os objectivos mesmo que seja alcançados a rastejar ou de maca. Admirem-se que a Europa esteja a ser varrida por multigreves.



Popeline acredita que outro mundo é possível, menos cínico, menos neo-liberal e menos desumano. Popeline defende o regime multitascas

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12.12.07

o tempo e o modo

Cada vez mais se pensa que se deve, e se sabe, falar inglês nas conferências internacionais em vez da língua materna, mesmo quando está previsto um regime linguístico alargado. É moderno. Fazem muitas vezes figuras tristes ou mesmo penosas. Em vez de falarem a língua mãe preferem falar a língua filha da mãe.

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9.12.07

Cimeira UE-Africa

Visto dos Balcãs, onde estava, a Cimeira parece ter sido um sucesso. Mas a grande vitória foi pôr Gordon Brown a falar sozinho. Não foi caturreira. O homem tem os colonos brancos a morder-lhe as canelas. O spin que serve para a Maddie serve também para transformar o Mugabe num monstro sanguinário. O homem não é flor que se cheire. Mas ninguém pergunta ao Brown e aos média ingleses onde estão os outros que mataram, que chacinaram, que saquearam,que deixaram populações morrer à fome, que dizimaram os seus países. Assim de cabeça lembro-me assim de um dez que ainda estão no poder. Mas sem ir mais longe basta pensar no Sudão que as companhias inglesas tanta assistência e tanto apoio deram para evitar que a escandaleira e os repetidos massacres fossem parar aos jornais e televisões nos últimos dez anos. O petróleo pesa muito. Infelizmente vi várias vezes os dirigentes desse país passeando-se em encontros internacionais. Sempre acompanhados de iminências pardas inglesas não fosse alguém ter algum rebate de consciência. Acordaram agora para a vida por causa da tonta que chamou Maomé ao peluche. De facto, visto dos Balcãs a superioridade moral dos ingleses e os meios de comunicação que controlam parecem ainda mais patéticos.

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24.11.07

Novo partido do Berlusca


Silvio Berlusconi que está com o Forza esgotado, lançou um novo produto de limpeza. Desinfecta as consciências mesmo nos cantos mais difíceis

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