TIREM-ME DESTE FILME

de todo mal que se disse só pecou quando foi brando

26.6.08

o mau da fita

Segundo Hitchcok, um filme tem sucesso quando tem um mau bom ou um bom mau, isto é, um mau cheio de maldade, velhacaria, intriga, conspiração e traição. Quando mais surpreendente, quanto mais fascinante for o mau-da-fita melhor. Nos anos setenta apareceu o Dallas e o muito mau JR. Sempre achei uma estopada, mas a serie movia multidões. Agora temos os muitos maus: as petrolíferas a mover multidões e bidões e o mais bera que mau Bush a soldo destes. Que venha outro presidente americano (um negro de cabeleira loira, um preto de carapinha ou qualquer outro com Restaurador Olex) para nos tirar deste filme.
Mais tarde tivemos Falcon Crest. A quinta existia em estúdio. Tal foi a pressão dos fãs que fizeram um réplica, enorme atracção na época. O exemplo derradeiro da realidade que imita a ficção. Lembram-se ainda de Lorenzo Lamas - el rey de las camas? E quando já estava tudo farto de comer o pastelão americano apareceu ainda Dinasty com Joan Collins na pré-história da recauchutagem.

Na frente nacional, Sócrates quis ser o mau-da-fita. O Audiomax ainda mede a intensidade das vaias sempre que sai à rua, mas mera operação de rotina. Os de esquerda vaiam porque o homem não é de esquerda. Os de direita vaiam porque o homem lhes roubou a cartilha. Mas desde que cedeu aos camionistas e se ensaiou no pasteloso diálogo à la Guterres, o homem está perdido. A fita, apesar de caseira era boa, tinha tensão tinha dinâmica. Mas até às eleições Sócrates, tal como o herói de Kafka, vai transformar-se, não em insecto, mas num clone da Floribela.
Este post está com uma epidemia de links mas não resisti.

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