Alexander Litvinenko e Santana Lopes

Alexander Litvinenko, ex-agente da KBG encontra-se entre a vida e a morte. Presume-se que tenha sido envenenado com tálio, um perigoso veneno incolor, insípido e inodoro.

Basta uma pitada de sal para a vítima morrer em poucos dias. Mas nem tudo são más noticias. Apesar de moribundo, Litvinenko apresenta uma excelente pele e um óptimo aspecto. Lembrem-se de Lukachenko, um homem tão apessoado que após envenenamento ou intoxicação alimentar sobreviveu mas ficou com a pele toda estragada. Parabéns aos novos produtos dos serviços secretos russos que rivalizam com muitos cosméticos.

Após cuidadosa análise das últimas aparições de Pedro Santana Lopes nos meios de comunicação e no lançamento do seu livro de memórias “Alucinações e outras Realidades”, especialistas em toxicidade confirmaram que também o ex-primeiro-ministro foi envenenado por tálio algures no Verão quente de 2004. Os sintomas são os mesmos mas, graças à grande capacidade de emborcação de Pedro Santana Lopes, o veneno tem demorado mais tempo a metabolizar do que no caso do pobre Litvinenko.

O tálio, como tem sido amplamente divulgado, ataca o sistema nervoso, provoca neuropatias periféricas, angustia, irrequietismo galopante, descoordenação motora como esbracejar constante, mania da perseguição, autismo agudo e claro uma enorme lividez. Uma garantia de más cores e maus fígados. Os mesmos especialistas consideram que manifestações de envenenamento tão dilatadas no tempo são muito raras. A comunidade científica poderá vir a designar este fenómeno por Síndrome da Santanice.

O Tirem-me deste filme deseja uma rápida recuperação a Litvinenko