10.10.08
24.9.08
casamento de homens sexuais
O projecto vem a caminho. Creio que não é desta que passa. Mas não teremos que esperar muito. Fascinantes os comentários no Público sobre a notícia. A Grunholândia no seu melhor:
24.09.2008 - 16h48 - Armindo , Braga
Sócratres, espertalhão ou chico-esperto, recusa debater o "casamento homossexual" única e simplesmnete por questões eleitoralistas. Estabeleceu um acordo com a Igreja Católica para não avançar com esta iniciativa animalesca. (...). O mesmo aconteceu com as Scuts. As anunciadas e bem anunciadas portagens nas scuts do litoral norte iriam causar estragos irreversíveis ao demagogo Sócrates. (...) É assim que caminha o meu país com este partido a desgovernar.
Isto e muito mais num jornal próximo de si. - link
Já agora informo o Senhor Armindo de Braga que não é bem uma iniciativa animalesca. Tenho um homossexual casado a viver cá em casa e quando se deita na minha cama (e está para aí virado), pode não ser animalesco mas não deixa de ser bestial. Agora quanto às SCUTS, Senhor Armindo, eu é mais bolos.
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16.9.08
12.7.08
Ah! Londres 2

The Gay Shame Party. Uma festa alternativa para protestar contra o carácter comercial agressivo da Gay Parade de Londres teria sido uma opção. Mas nem aí fui. Shame on me!
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Ah! Londres_


Produtos preferidos por nove em cada dez estrelas de cinema, de cinema porno. Uma garantia de qualidade.
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18.5.08
Homossexualidade e outros temas fracturantes
Apareceu um sondagem nos jornais indicando que 72 ou 73% dos portugueses são contra as relações do mesmo sexo. Eu não estou preocupado. Não é nada contra mim. Estão apenas contra as poucas vergonhas que se passam cá por casa e às vezes (para quê mentir?) por aí, onde calha, no tapete da sala, na banheira, no estendal da roupa. Acho até bem, pois quando todas as noites vamos para a cama a chinelar as pantufas temos a alegre sensação da transgressão e de estar a chatear o Bispo de Leiria.
Ontem estive na Gay Parade de Bruxelas. Para além de uma lésbica embriagada que insistia em apalpar-me o cu durante a parada não aconteceu nada digno de nota. Pat beijou-me e abraçou-me na rua e em vez de sermos apedrejados ou arrasados ainda nos vieram oferecer preservativos. Atendendo que Pat é o meu legitimo (se lhe chamo esposo é capaz de pedir já o divórcio) não deixa de ser curiosa esta causa-efeito ou casa-enfeite, no caso vertente. Aliás, a vantagem do nosso casamento ser apenas reconhecido na Bélgica e não em Portugal reside no facto de me abrir várias possibilidades de bigamia, o que acrescenta alguma pimenta à nossa legalizada relação.
Porque não estou preocupado com os setenta e tal por cento que são radicalmente ou moderadamente homófobos no meu país? Porque as sondagens padecem de um grave mal: falta de contexto. Valem o que valem e dizem pouco ou nada. Lembram-se da percentagem dos portugueses que queria pertencer à Espanha porque achava que os espanhóis se calhar iam trabalhar por nós e para nós? E os que votaram em Salazar como maior figura da história nacional só para chatear? E os que acreditam que Pinto da Costa é um homem honrado e o Valentim Loureiro foi injustiçado? Qual a percentagem que acha que Frei Hermano da Câmara é um grande homem e um excelente artista? Quantos consideram o Professor Marcelo um homem brilhante, isento e apartidário e que vale a pena ouvi-lo a perorar e a comentar livros que nunca leu? Quantos acham que vamos ganhar o Europeu este Verão? Vá lá! Manifestem-se. Façam o vosso comig out.
Enfim, como quase tudo em Portugal as convicções não são uma questão de fé mas de fézada. A maioria dos portugueses tem impressões sobre as coisas, ou melhor tem "ai mas que impressão!" sobre essas coisas. Eu próprio quando ao beijos a Pat muitas vezes lhe digo: Ai que impressão! Sobretudo quando verifico que se esteve antes a alambazar com uma pratada de ameijoas à Bulhão Pato.
Por falar em percentagens eloquentes, foi Pat que me revelou ontem (ter um intelectual em casa é o que dá) que 12% dos franceses do Sul têm afinidades genéticas com os berberes. Em Portugal são 39%, que bem vista as coisas, é uma grande berberidade.
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