discos que não fizeram história - Artur Gonçalves
O TIREM-ME DESTE FILME tem um colecção de disco que não fizeram história. São singles comprados na Feira da Ladra ao longe de porfiados esforços. Representam a clássica dialéctica entre o significado e o significante, o ser e o parecer, a aparência e a substância. As capas são excelsas. Já as canções ou são magníficas ou são uma grande bosta, por vezes as duas coisas ao mesmo tempo. São um contacto directo e sem intermediário com o belo-horrível. Estes são, afinal, os primeiros sinais da contemporaneidade.
Esta capa é um monumento, injustamente esquecido na eleição das sete maravilhas nacionais. Reparem nos detalhes. O azulejo fajuta. A persiana fechada (talvez uma cave) negando-nos a referência espacial. Criando, assim, um huis-clos tão ao gosto de Sartre. A moça brandindo o fatoco de pão. As chouriças em cima do panelão.
Artur Gonçalves; figura ímpar no universo popular brejeiro pré-Quim Barreiros, foi injustamente esquecido durante décadas. Foi recentemente recuperado. Felizmente. Artur Gonçalves é mais conhecido na sua fase PREC. Todavia, o seu clássico e hino de toda uma geração é, sem dúvida, o grande êxito “Canção da minha terra” que se conseguiu impor em pleno negrume fascista e que ainda hoje badala nas nossas memórias.
Vamos à Coina, rapaziada
Vamos lá todos Não se paga nada
Vamos p’ra moina, rapaziada
Vamos lá todos. Vamos à Coina.
É nas coisas simples que se esconde o sublime. Alguém tem o original que me possa facultar? Estou certo que Irmãolúcia poderá, com a obra-prima de Artur Gonçalves, pôr o público ao rubro na próxima soirée dançante da ILGA.
Esta capa é um monumento, injustamente esquecido na eleição das sete maravilhas nacionais. Reparem nos detalhes. O azulejo fajuta. A persiana fechada (talvez uma cave) negando-nos a referência espacial. Criando, assim, um huis-clos tão ao gosto de Sartre. A moça brandindo o fatoco de pão. As chouriças em cima do panelão.
Artur Gonçalves; figura ímpar no universo popular brejeiro pré-Quim Barreiros, foi injustamente esquecido durante décadas. Foi recentemente recuperado. Felizmente. Artur Gonçalves é mais conhecido na sua fase PREC. Todavia, o seu clássico e hino de toda uma geração é, sem dúvida, o grande êxito “Canção da minha terra” que se conseguiu impor em pleno negrume fascista e que ainda hoje badala nas nossas memórias.
Vamos à Coina, rapaziada
Vamos lá todos Não se paga nada
Vamos p’ra moina, rapaziada
Vamos lá todos. Vamos à Coina.
É nas coisas simples que se esconde o sublime. Alguém tem o original que me possa facultar? Estou certo que Irmãolúcia poderá, com a obra-prima de Artur Gonçalves, pôr o público ao rubro na próxima soirée dançante da ILGA.
Aqui fica o link para apreciarem todas as outras capas já que o link para as canções não funciona.
PS. Felizmente Andróide Paranóide tem alguns pérolas a jeito. Bem Hajas! - link
1 Comentários:
também tenho esse cromo na minha colecção...
Abraço.
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