TIREM-ME DESTE FILME

de todo mal que se disse só pecou quando foi brando

30.4.07

PNR e a retenção anal



Do site do PNR "Nós, Nacionalistas, estamos “habituados” a ser conotados com “violência” e “perigo público”, muito embora, tal como temos sempre referido, não haja rigorosamente nada a apontar-nos.Nunca houve o mais leve incidente ou violência que possa ser atribuído aos Nacionalistas ao longo da história do PNR. Nunca!"

O movimento sueco Blood and Honour organizou vários encontros muito ao estilo nazis dos anos trinta. Por curiosidade fui ao Youtube ver o que por lá havia. O Youtube não é apenas um depósito de imagens de arquivo, clips e imagens caseiras mas também um repositório de deserdados do fascismo e do nazismo que melhor ou pior tentam fazer propaganda através da imagem.

Há de tudo. Reportagens de suecos ululantes, tentativas despudoradas de racismo primário de americanos (a série “vítimas do multiculturalismo” é das mais assustadoras), a evocação da pureza da raça nórdica, branca, celta, europeia, caucasiana. Falta reclamar a pureza das alheiras de Mirandela e da carne barrosã. A extrema-direita caceteira sabe como ninguém desempenhar o papel de vítima e de injustiçada para cativar as vozes de descontentamento.

Os folclóricos do PNR nacional não passam de um meninos de coro comparados com o buldogue Le Pen , com os engravatados e aparentemente impolutos flamengos do Vlamse Belang , com os skinheads ressabiados alemães e holandeses, com os disparatados italianos em camuflados de marca ou com os perigosos escandinavos prontos a limpar o sebo a quem não tenha a cabeça ou loira ou rapada.

A ideia de raça pura em Portugal tem o mesmo sentido de um cozido à portuguesa só de chispes.

Que fazer dos Pi-enerres? Constatamos uma forte retenção anal colectiva do grupo, um líder com ar de bancário no quadro dos excedentários e um adejar envergonhado de símbolos fascistas. Até na extrema-direita os brandos costumes prevalecem.

Face à realidade social e económica portuguesa a coisa ainda não está preta, apenas folclórica. Podiam ser mais, podiam ser piores, podiam ser mais perigosos mas por enquanto são apenas um grupo um pedaço estúpido e parcialmente violento. O que não impede que tenham que ser combatidos, e reprimidos e relegados para a sua devida expressão em vez da atenção histérica com que os meios de comunicação tratam cada saudação nazi gratuita. Como? Expondo-os ao rídiculo, o que não é muito difícil.

Citando um manifestante com mais jornalistas que participantes “Eu estou aqui para que os meus futuros filhos, que vier a ter, não possam ser adoptados por casais homossexuais.” Ora aí está! Eu também não quero que os chatos que vier apanhar no balneário ou nalgum encontro promíscuo sejam tratados por um médico da Opus Dei.

O ridículo mata. Matemos assim o ovo da serpente de que falava Bergman.

1 Comentários:

Às terça-feira, 01 maio, 2007 , Blogger jcsmadureira disse...

Gostei dessa da raça pura em Portugal fazer o mesmo sentido que um cozido à portuguesa só de chispes. Os adeptos do PNR (Pró Nazis e Racistas) são amantes da chispalhada ...sem feijão.
Zé Carlos

 

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