Iraque-a bandalheira americana1

Desde o fim da segunda guerra mundial que EUA se tem lançado em tristes coboiadas. A Coreia (alguém ainda se lembra quem é o responsável por uma Coreia do Norte e do Sul?), o Vietname e agora o Iraque em reprise. Deixemos de parte causas menores como o Panamá, a Nicarágua e já agora o resto da América Latina Em todos os casos, passaram da atitude do pistoleiro (a gente vai lá e trata dos gajos num instante) para o recuo com ar de vitória (isto está a ficar difícil e vamos para casa. Entre o ir e vir dividem-se países; retalham-se terrenos. É a velha política de dividir para reinar: Foi o que aconteceu na Coreia, foi o que aconteceu no Vietname em certa altura antes da derrocada. Era até o plano peregrino do ministro Morgenthau que em 1944 defendia a divisão da Alemanha em três partes. A indústria do Ruhr seria um protectorado, a indústria a Leste idem, idem e ao resto da Alemanha (o queijo e o fiambre da sanduíche) seria imposta uma vida rural, sem desenvolvimento, com campos pastores e camponesas Felizmente na altura ainda havia gente com um pouco de bom senso à frente dos EUA e o Morgenthau foi pregar para outra freguesia. Alemanha acabou dividida,é certo, mas noutros termos.

Chegou agora a vez por o Iraque a saldo, que os tempos não estão para retóricas de libertação e fim de ditaduras. Vamos ver se a malta resolve isto sem muitas ondas e menos mortes Vamos dar isto ao retalho e ficamos com o petróleo. E damos apoio a partir de uns enclaves e umas bases que a nossa vida não e isto. É nesse ponto que estamos. E já agora para sair airosamente sem parecer uma tonitruante derrota nem uma estrepitosa humilhação, toca de pedir ajuda aos países vizinhos, ainda ontem uma gente pouco frequentável como a Síria e o Irão. Nos bordéis as peripatéticas são mais esquisitas a escolher a clientela. Muita máquina de propaganda vão precisar os ingleses e americanos para que o próximo episódio não pareça uma valente coboiada! Mas que grande confusão entre Far East e Far West. Tirem-nos deste filme

Vamos voltar a ver as imagens do últimos helicóptero a levantar do terraço da Embaixada dos EUA como os diplomatas aos tropeções, ao murro e ao pontapé nos seus fieis amigos locais como em Saigão?.

As declarações desta semana a preparar o caminho são de uma eloquência nunca vista. Não sei o que se está a esboroar mais depressa, se a determinação dos Marines, os planos do Bush e dos seus aliados, a pretensa coligação ou o sentido das declarações que são despejadas nos media?

Blair - We hold Irak nerve isto Vamos aguentar os cavalos
Salih - Everyone has been very keen to keep everyone together but in the long term..
General Americano no terreno -We are beginning to win hearts and minds. We are boosting the local government

Não é a democracia forte que se propaga ma região (mantra americano actual), mas sim refugiados aos milhares que se propagam, são menores iraquianas que se dedicam à prostituição para sobreviver (informação do insuspeito Times). Se os EUA se vão instalar na Síria ou até no Irão para intervir de vez em quando no Iraque já tem o capital humano para organizar os bordeis perto das bases como faziam em Bancoque nos tempos do Vietname: E já agora que a vergonha despareceu de todo, poraque nao reabilitar Saddam e devolver-lhe o poder?