quando tudo acaba
Há semanas assim. Tudo é sugado para um grande buraco negro. Face ao vazio criado nada nos parece redimir nem aliviar. Nem a distância da ironia, nem o desespero do sarcasmo, nem a fuga do humor. Mas, depois do nada, multiplicam-se inesperados gestos de atenção, de amizade, de ternura e de amor. E voltamos a sentir a cor e o cheiro das flores, mesmo quando espetadas nos arames de uma coroa funerária. E há muito sol e há muito calor. Sabemos então que não estamos irremediavelmente perdidos dentro de um filme gótico em que tristeza e dor rima com chuva miudinha, céus de chumbo e música de Mahler.
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